domingo, 30 de dezembro de 2018

EFATÁ – UM NOVO COMEÇO

EFATÁ – Um novo começo
Marcos 7:31-37.

E ele, tornando a sair dos termos de Tiro e de Sidom, foi até ao mar da Galiléia, pelos confins de Decápolis.
E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente; e rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele.
E, tirando-o à parte, de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos; e, cuspindo, tocou-lhe na língua.
E, levantando os olhos ao céu, suspirou, e disse: Efatá; isto é, Abre-te.
E logo se abriram os seus ouvidos, e a prisão da língua se desfez, e falava perfeitamente.
E ordenou-lhes que a ninguém o dissessem; mas, quanto mais lhos proibia, tanto mais o divulgavam.
E, admirando-se sobremaneira, diziam: Tudo faz bem; faz ouvir os surdos e falar os mudos.

A palavra de Deus diz que, ao chegar ao lago da Galileia, Jesus se encontrou com uma multidão que lhe trazia um homem surdo e gago para que fosse curado. Então, "Jesus, tirando-o da multidão, à parte, pôs-lhe os dedos nos ouvidos e lhe tocou, com saliva, a língua; depois, erguendo os olhos ao céu, suspirou e disse: Efatá! (que quer dizer: abre-te!). Os ouvidos do homem se abriram, a sua língua se soltou, e ele começou a falar sem dificuldade". Logo depois, lemos que a multidão ficou maravilhada, "dizendo: Tudo ele tem feito esplendidamente bem; não somente faz ouvir os surdos, como falar os mudos".

Se Jesus fez um milagre na vida daquele homem, podemos ter a certeza de que Ele também pode fazer um milagre na nossa vida. Ele quer abrir os nossos olhos, ouvidos e corações para entendermos o seus planos para nós.

Deus nos deixou um guia muito especial: a bíblia. Nela se encontram profecias que já se realizaram, e outras que ainda estão por acontecer. Vamos orar nesse momento para que, no ano de 2019, o Senhor esteja conosco e, olhando para nós com amor, nos diga: Efatá.

A palavra  Efatá – abre-te, narra a palavra de comando que saiu da boca de Jesus e que determinou um milagre na vida de um homem que não ouvia e nem falava, mas foi curado por Cristo.

O mundo espiritual tem ouvidos. EFATÁ - para que o seu ouvido espiritual seja aberto. Você não faz parte de um povo que tem ouvidos e não ouve. Seus ouvidos estão abertos para a Palavra do Eterno, por isso, em sua vida se cumprirá Isaías 1:19. Você comerá o melhor desta Terra!”, declarou.

Todos saíram com os ouvidos abertos às novidades de Deus e crédulos de que muito mais o Senhor fará em 2019, com a certeza de que o mundo espiritual é muito ágil em relação às palavras e que, por isso, é necessária  uma reconstrução no ouvido físico, emocional e espiritual para alcançarem êxito.

“Efatá, quando pronunciada, faz Deus se mover com armas de guerra na direção do inimigo para destruí-lo e gerar milagres na sua vida”.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

QUAL O PREÇO DE ALGUMAS MANGAS?

Qual O Preço De Algumas Mangas?

"O SENHOR olha desde os céus e está vendo a todos os  filhos dos homens. Do lugar da sua  habitação  contempla  todos  os moradores da terra" (Salmos 33:13, 14).

Passando pela estrada, acompanhado de sua esposa,  Pedro  ia cantando alegremente. Em certo  local,  a  esposa  de  Pedro avistou um pequeno sítio cheio de mangueiras, carregadas  de frutos. "Pega algumas para mim, Pedro"  disse  ela,  parando junto à cerca. "Não posso fazer isso" disse o marido. "Seria um roubo",  completou  ele.  "Não  diga  bobagens".  Não  há ninguém por perto. Já olhei para todos os lados e não vi uma única pessoa".  disse  ela,  recusando-se  a  prosseguir  no caminho. "Há alguém olhando, sim. Você  se  esqueceu  de  um lado, o de cima. Deus a tudo vê", comentou  Pedro,  seguindo em frente.

Que lado nos esconderá do  olhar  do  Senhor?  Como  podemos ocultar-lhe nossos erros e pecados?  Que  importância  temos dado ao que Deus espera de nós, seus filhos? Como  poderemos almejar Suas bênçãos se nossas atitudes O envergonham?

Quando colocamos nossas vidas diante  do  altar  de  Deus  e obedecemos a Sua Palavra, caminhamos tranquilos,  louvando-o nos bons momentos e nas adversidades, temos a certeza de que Ele cuida de nós e sabemos que tudo nos dará, sejam  mangas, seja o sustento para nossas necessidades, seja o convite para o Céu e a vida eterna.

Se pensamos  que  Deus  não  está  atento  ao  que  fazemos, enganamo-nos e damos lugar ao  pecado.  E,  apesar  de  Deus estar sempre ao nosso lado, nossas atitudes nos afastam mais e mais de Sua presença. A esposa  de  Pedro  queria  algumas mangas, mas, ele queria muito mais  que  isso...  queria  as mãos abençoadoras do seu Senhor e Salvador.

E você, tem  cuidado  para  engrandecer  sempre  o nome  do Senhor?

domingo, 16 de dezembro de 2018

AP PAULO E O BOM COMBATE

Ap. Paulo e o bom Combate

A frase que você menciona se encontra na segunda carta de Paulo a Timóteo, no capítulo 4. O texto tem um pouco de diferença daquele que você cita. O "combate" é um complemento do verbo e não um instrumento. Vejamos:
Quanto a mim, já fui oferecido em libação, e chegou o tempo de minha partida. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me dará o Senhor, justo juiz, naquele dia; e não somente a mim, mas a todos os que tiverem esperado com amor sua aparição (2Timóteo 4,6-8).
Para entender essa passagem poderíamos lembrar aquilo que Paulo escreve no início da primeira carta a Timóteo, recordando as suas responsabilidades:
Esta é a instrução que te confio, timóteo meu filho, segundo as profecias pronunciadas outrora sobre ti: combate, firmado nelas, o bom combate, com fé e boa consci~encia; pois alguns, rejeitando a boa consciência, naufragaram na fé (1Timóteo 1,18-19).
Fica claro que o combate de Paulo não é literalmente uma batalha, uma guerra, mas uma imagem que descreve a vida do cristão, o seu comportamento sobretudo em relação ao perseverar na fé. A vida do cristão é feita de escolhas e a liberdade que nos foi dada faz com que cada vez tenhamos que decidir qual estrada tomar; o bom cristão deve seguir fiel ao ensinamento divino. Esse processo é chamado por Paulo de "combate". O êxito final vai defini-lo como "bom" ou "mau".

Quer dizer que combati, mesmo quando sabia que seria vencido ou seja preguei com convicção mesmo quando sabia que isso não ia dar em nada (a aqueles ouvidos e corações que se recusão a ouvir, tipos muçulmanos), mesmo quando sabia que seria punido por pregar, sem jamais me desviar da palavra, ao contrario do que fazermos hoje em dia para sermos "politicamente corretos" aceitamos coisas que o cristianismo condena, e nos dizemos cristãos.
Esse não é um bom combate, só que nos acomodamos com os... "Ah mas todo mundo faz" e com isso perdemos o sentido da palavra de Paulo por combater e viver.

http://www.abiblia.org/ver.php?id=6674n

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

A VIDA DA PERSPECTIVA DE DEUS

A Vida da Perspectiva de Deus
Efésios 2:4-7

Meditação: [Deus] nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus… (Efésios 2:6)

Seu modo de definir a vida determina seu futuro.

A sua visão da vida influenciará em como investirá o seu tempo, dinheiro, usará seus talentos e valorizará seus relacionamentos. Se você pensa que a vida é uma festa, seu principal valor é divertir-se. Se a vê como uma corrida, provavelmente estará apressado a maior parte do tempo. Se para você a vida é uma batalha ou jogo, vencer lhe será muito importante.

Você pode ter recebido sua visão da vida de seus pais, amigos ou de qualquer meio falível. Porém, os discípulos de Cristo são desafiados a contestar o pensamento convencional e substituí-lo pelas definições bíblicas da vida (Romanos 12:2). À medida que amadurecemos na fé e no conhecimento da Palavra, percebemos que somos apenas peregrinos nessa Terra (1 Pedro 2:11) e não nos apegamos às coisas deste mundo.

Desde o dia em que recebemos Jesus como Salvador, podemos enxergar a vida do ponto de vista de Deus, pois Ele “nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus” (Efésios 2:6). Se tenho um olhar bíblico da vida, vejo a manifestação da glória do Senhor em toda a parte. O perigo é descermos dessas regiões depois de um tempo de caminhada com Cristo e vermos a vida cristã da perspectiva da razão humana.

Você está assentado nas regiões celestiais ou tem procurado viver seu cristianismo na força da carne? Volte para as regiões celestiais e veja tudo como Deus vê.

PAI, AJUDA-ME A VER MINHA VIDA SOB A TUA PERSPECTIVA.
 
FONTE:
Lawrence Darmani

domingo, 2 de dezembro de 2018

JONATAS - FALTOU UMA COISA

Jonatas - Faltou uma coisa
C. Stanley


Há algum tempo, durante uma reunião de estudo da Palavra, minha atenção foi despertada para as tristes circunstâncias da morte de Jônatas no Monte Gilboa. Israel fugiu diante do inimigo, e foi vencido. Saul foi morto, e seus três filhos foram mortos juntamente com ele. Foi a completa derrota do reino de Saul. Que triste cena – o corpo de Saul e os corpos de seus três filhos pregados no muro de Bete-Sã! Acaso não seria esse um final triste para qualquer homem que terminasse assim? Imagine então o que foi para Jônatas chegar a um tão vergonhoso fim! E como foi que isso aconteceu? Por que aconteceu? E que lição Deus quer que aprendamos desta história inspirada, nestes últimos dias em que vivemos?

O ponto decisivo na história de Jônatas está em 1 Samuel 18, e ilustra também o ponto decisivo na história de toda alma que é nascida do alto. É verdade que encontramos Jônatas, antes disso, como um homem poderoso da casa de Saul. “E Jônatas feriu a guarnição dos filisteus que estava em Gibeá, o que os filisteus ouviram: pelo que Saul tocou a trombeta por toda a terra, dizendo: Ouçam os hebreus!” (1 Sm 13:3). Nós o encontramos outra vez como um homem valente na passagem de Micmas. Alguém pôde dizer, dez séculos mais tarde, “E eu, nalgum tempo, vivia sem lei.” (Rm 7:9). “Se algum outro cuida que pode confiar na carne, ainda mais eu… hebreu de hebreus.” (Fp 3:4-5). Assim, o ponto decisivo na vida de Jônatas foi, em figura, muito parecido com o ponto decisivo na vida de Paulo a caminho de Damasco.

O PODEROSO ADVERSÁRIO
É iniciado o assunto. Que estudo temos aqui! Israel estava reunido em ordem de batalha no vale de Elá. Do outro lado do vale estava o adversário da casa de Saul, o desafiador dos exércitos de Israel. E não havia um libertador na casa de Saul. Naquele dia, Deus enviou um rei-salvador – aquele desprezado pastor um rapazinho. Ah, aquele desprezado era o ungido de Deus, o rei de Israel. O poderoso inimigo foi morto naquele dia pelo filho mais novo de Jessé. “E disse-lhe Saul: De quem és filho, mancebo? E disse Davi: Filho de teu servo Jessé, belemita.” “E sucedeu que, acabando ele de falar com Saul, a alma de Jônatas se ligou com a alma de Davi; e Jônatas o amou, como à sua própria alma.” (1 Sm 17:58; 18:1).

Ah, Jônatas tinha olhado para o outro lado do vale de Elá e, vendo aquele terrível adversário, Golias de Gate, cuja altura era de seis côvados, ficou com muito medo. E não foi só por um dia ou dois que Golias se apresentou, mas por quarenta dias, e com ele todos os exércitos da Filístia. Quão grande a graça de Deus em enviar ao acampamento aquele Davi salvador, o rei desconhecido! Ali permaneceu ele, tendo terminado a obra que Deus lhe havia dado para cumprir. A vitória fora completa; o campeão estava morto, e os filisteus fugiram. Olhe para Davi agora. Porventura não é uma figura daquela maior vitória do maior Filho de Davi? 

A UM PASSO DA ETERNIDADE
Como Jônatas olhou para o outro lado daquele vale de Elá, assim também uma alma é,às vezes, levada a olhar para além do vale da morte. E, oh, quão terrível será o horror se o grande adversário estiver ali, e se todos os pecados da vida passada estiverem ali também, tudo disposto em uma terrível ordem, como as hostes dos filisteus! Permita-me que lhe peça que olhe para o outro lado desse estreito e profundo vale, e responda: Porventura o Salvador Jesus já foi revelado à sua alma, como foi o salvador Davi ali revelado a Jôtanas? Evidentemente, este último é apenas uma figura do primeiro. Mas havia realidade e certeza para Jônatas, e aquilo, de uma vez para sempre, ligou seu coração a Davi. Este assunto é tão oportuno – o vale que nos separa da eternidade é tão estreito. Outro suspiro – não, talvez, nem chegue a outro suspiro e já poderá ser, após a morte, a vez do seu julgamento! Se assim for, você certamente tem um motivo ainda maior para ficar aterrorizado, do que o que teve Israel naquele dia. Você pode ter sido, até hoje, um príncipe tão poderoso quanto Jônatas; a trombeta de Saul pode ter propagado o seu louvor; mas será que Deus revelou Jesus à sua alma – Aquele que foi enviado por Deus – Aquele que foi desprezado e rejeitado? Você pode vê-Lo? Então digame: O que são aquelas cicatrizes nas Suas mãos e no Seu lado? Elas falam docemente ao coração: “Tendo consumado a obra que Me deste a fazer” (Jo 17:4). Olhe para o poderoso Conquistador, o Unigênito enviado por Deus. “Eis o Cordeiro de Deus!” (Jo 1:29).
Oh, quão maravilhoso é o efeito da fé simples em Jesus, Aquele que completou a obra da redenção! Quarenta dias esse adversário, Golias, desafiou Israel; mas por quarenta séculos Satanás desafiou o homem e desonrou a Deus. Quem mais além do santo Substituto poderia sair ao encontro do adversário e preservar a glória de Deus? Pois assim como Davi abateu Golias no vale de Elá, também Jesus encontrou todo o poder de Satanás no vale da morte. Minha alma, faz bem meditar nisto. Cada pecado que o acusador poderia trazer contra mim foi carregado por Jesus.

AMAR E DESPOJAR-SE
Duas coisas foram produzidas em Jônatas por essa, por assim dizer, primeira revelação de Davi: Jônatas o amou como à sua própria alma, e se despojou. Evidentemente, isso foi algo simples e natural. De que maneira singular ele olhou para a face daquele jovem pastor que, com o risco da própria vida, munido apenas de sua funda e de sua pedra consumara tão grande livramento! E será que você pode também olhar para Jesus, Aquele que deu Sua vida tão preciosa, Aquele que suportou a ira pelos pecados que você cometeu, Aquele que mostra Suas mãos e Seu lado e, com doçura, lhe diz: “Paz seja convosco” (Jo 20:19). Ao tomar conhecimento disto, pode você ainda ficar sem amar Aquele que tanto amou você primeiro?
Portanto, como se pode ver, a fé deve produzir amor. Quão belo e simples é tudo isso!Então vem o despojar-se. Por que foi que Jônatas se despojou? Bem, Paulo, aquele outro hebreu de hebreus, nos conta por que ele se despojou; e acho que ao fazê-lo explica também por que razão Jônatas também se despojou. Menciono estes dois por terem sido, cada um deles, dos mais puros hebreus de sua época. Saulo de Tarso, do qual Jônatas é um tipo ou figura, foi um perfeito judeu; um dos mais conceituados fariseus que já pôde se firmar em sua própria justiça. Leia Filipenses 3 e você verá o registro honesto que ele dá de si próprio. Paulo diz: “Segundo a justiça que há na lei, irrepreensível” (Fp 3:6). Era isto o que aquele hebreu de hebreus podia dizer, e, oh, quantos pobres fariseus de nossa época gostariam de poder dizer o mesmo!

DEIXANDO TUDO POR CRISTO
Mas vamos agora aplicar a Paulo a questão relativa a Jônatas. Por que Paulo se despojou a si mesmo? Quão clara e simples é a resposta: “Mas o que para mim era ganho reputei-o perda por Cristo. E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como esterco, para que possa ganhar a Cristo. E seja achado nEle, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas… a justiça que vem de Deus” (Fp 3:7-9).
Sem dúvida alguma, quão belo e apropriado, é este despojamento! O Jesus despojado, que morreu na cruz pelos pecados de Paulo, aparecia agora àquele hebreu de hebreus, fariseu de fariseus, em uma glória que sobrepujava o sol em seu esplendor: “Eu sou Jesus, a Quem tu persegues” (At 9:5). Que mudança aquelas palavras produziram! Nos anos que se seguiram, o mesmo Paulo escreveria dAquele glorioso Ser que foi entregue por nossas ofensas, e ressuscitou de entre os mortos para nossa justificação, para ser nossa justiça permanente, sim, que Deus O ressuscitou de entre os mortos, o Santo e Justo, nossa perfeita e eterna justiça diante de Deus e de todo o universo (Rm 4:25; 5:18;1 Co 1:30; Fp 3:9-10). E, oh, quão grande a paz de Deus que enche a alma que assim conhece a Ele, e ao poder da Sua ressurreição!
Agora iremos ver que tudo aquilo que exaltava a Saulo, o hebreu de hebreus, só podia servir para diminuir a Cristo; e, sendo assim, oh, com que alegria ele se despoja a si próprio para que Cristo possa ser tudo! Será, leitor, que o seu coração está unido assim a Jesus? E será que você está assim despojado?
Do mesmo modo como Paulo se despojou de tudo, também “Jônatas se despojou da capa que trazia sobre si, e a deu a Davi, bem como os seus vestidos, e até a sua espada, o seu arco, e o seu cinto” (1 Sm 18:4). Que senso da dignidade de Davi, o rei-salvador! Sendo ele um nobre militar, despojar da espada era algo bem significativo. Que rendição! Lemos, acerca dos vinte e quatro anciãos, que eles “lançavam as suas coroas diante do trono, dizendo: Digno és, Senhor, de receber glória, e honra, e poder” (Ap 4:10-11).

AS MARCAS DE UM CRISTÃO
Coloco estas duas coisas como marcas benditas de um cristão, da maneira como são ilustradas em Jônatas. O senso do valor da redenção por meio do sangue de Jesus é tamanho, que o coração fica ligado a Ele em amor; e tamanho é o senso do que Ele é como nossa justiça e justificação, ressuscitado de entre os mortos, que nos leva ao completo despojamento da velha capa de justiça-própria, sim, de cada trapo, da espada e do cinto, de tudo; tudo aquilo que pertence ao ego: sua justiça, seus esforços, suas lutas e seu andar, tudo entregue a Jesus, a Justiça de Deus, Cristo em ressurreição.
E estou certo, querido leitor, de que se Cristo não estiver assim revelado a você, como Davi foi revelado a Jônatas, nada poderá levá-lo a abrir mão de sua capa, vestidos, espada e cinto. Se a sua velha capa não lhe inspirar muita confiança para comparecer na presença de Deus, o diabo tentará de outra forma, dando-lhe a esperança de que você talvez possa lutar melhor, ou andar melhor; ou pode ser que ele lhe diga que conseguirá melhorar indo à missa, guardando a lei e cumprindo ritos e cerimônias. Satanás fará qualquer coisa para mantê-lo fora da sala de despojamento de Jônatas; o lugar onde você não é nada e Cristo é tudo.

CONFESSANDO A CRISTO
Vamos dar uma olhada mais adiante dessa história tão instrutiva (1 Sm 19). Conhecer verdadeiramente a Cristo não é uma mera emoção passageira, mas um amoroso vínculo com Jesus, e uma crescente fé na Sua obra consumada – uma fé tal que o levará a confessá-Lo diante dos homens, custe o que custar. Com certeza é isto que encontramos em Paulo, e em todos os membros da Igreja nos seus primórdios; e é de algo assim que lemos neste capítulo: “Jônatas, filho de Saul, estava mui afeiçoado a Davi” (1 Sm 19:1). “Mui afeiçoado!” Deveremos notar, a esta altura da história, um surpreendente paralelo.
Naquela época o reino de Israel era, em sua forma visível, governado pela casa de Saul. Mas Deus havia rejeitado Saul e sua casa, e Samuel tinha ungido Davi; e a fé podia reconhecer Davi como o rei ungido que havia de vir. De modo semelhante, a fé agora reconhece, por meio do registro da Palavra de Deus, que a glória deste mundo, com seus reinos e seu deus, já está julgada e a ponto de ser varrida na vinda do Rei de Justiça e Príncipe da Paz.

O ÓDIO DO MUNDO
Bem, o mesmo acontecia com Israel naquele tempo. O ódio que é agora manifestado contra Cristo e contra Seus verdadeiros seguidores foi, de modo semelhante, manifestado por Saul contra Davi e seu pequeno grupo de verdadeiros seguidores. Não se esqueça disto, está bem? Pois você irá descobrir que o ódio do mundo contra Cristo é um verdadeiro teste para o seu próprio coração. E assim Jônatas foi submetido a esse teste. “E falou Saul a Jônatas, seu filho, e a todos os seus servos para que matassem a Davi.” (1 Sm 19:1). E o que faz o amoroso Jônatas? Ele contou a Davi. Não é maravilhoso? Oh, que eu e você possamos ir e fazer a mesma coisa!
Acaso você já não ficou surpreso ao encontrar, em certas ocasiões, ódio contra Jesus vindo de onde você menos esperava? Talvez você tenha sido convidado para se encontrar com alguns amigos, todos eles professando ser crentes – e Saul também professava – para logo descobrir que seus amigos falam de tudo e de todos, menos de seu tão amado Jesus, em Quem você tem tanto prazer. E você descobre que, entre eles, não há nem como falar do glorioso Rei que virá; não estão nem um pouco interessados. Oh, saia do meio desses hipócritas! Vá antes contar a Jesus, e então fale por Jesus como Jônatas falou por Davi; pois se não o fizer, lembre-se de que você estará, ainda que em silêncio, negando a seu Senhor, só por ficar ali sentado com aqueles que, na prática, dão as boas-vindas a Barrabás e dizem “Fora com esse Senhor que vai voltar!”
“Então Jônatas falou bem de Davi a Saul, seu pai, e disse-lhe: Não peque o rei contra seu servo Davi, porque ele não pecou contra ti, e porque os seus feitos te são mui bons. Porque pôs a sua alma na mão, e feriu aos filisteus, e fez o Senhor um grande livramento a todo o Israel; tu mesmo o viste, e te alegraste: por que, pois, pecarias contra o sangue inocente, matando a Davi sem causa?” (1 Sm 19:5).
Então, não era essa uma boa confissão? Encontramos Paulo seguindo no mesmo caminho: “Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo Jesus, o Senhor” (2 Co 4:5). E Jesus disse: “Porquanto qualquer que, entre esta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de Mim e das Minhas palavras, também o Filho do Homem Se envergonhará dele, quando vier na glória de Seu Pai, com os santos anjos” (Mc 8:38).

FALAMOS BEM DE JESUS?
E se Jônatas falou bem de Davi, oh, será que não podemos falar bem de Jesus? Porventura não trouxe Ele uma maior salvação? Será que existe algo maior ou melhor fora de Jesus? Acaso houve algum outro que tenha glorificado a Deus, acerca do pecado, como Ele o fez sobre a cruz? Acaso alguma outra coisa ou pessoa pode dar vida eterna, além de Jesus ressuscitado? Existe algo mais que possa dar paz, mesmo para uma consciência culpada, além do sangue de Jesus? Não conheço nada mais, seja na história do mundo ou em qualquer nação, que dê forças para o homem permanecer à beira da sepultura, esse vale de Elá, e, olhando firmemente para a eternidade, dizer: “Estou confiante”. “Mas temos confiança e desejamos antes deixar este corpo, para habitar com o Senhor.” (2 Co 5:8).
Além disso, diga-me: Porventura Jesus não trouxe à luz vida e incorruptibilidade? Sim, vida por meio dAquele que tem existência própria; dAquele por meio de Quem todas as coisas criadas foram trazidas à existência. E não foi Ele mesmo que, pela morte, conquistou, para o homem, um novo lugar que está muito além do pecado e da morte? E, como primícias dessa nova criação, Ele é agora aquilo que nós, em ressurreição, seremos para sempre, “quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade” (1 Co 15:54). Ele mui breve Se manifestará; Ele que é Deus manifestado – inefável centro da adoração universal, cujo sorriso encherá de gozo todo o universo! Oh, nestes poucos dias finais de Sua rejeição aqui, será que deveríamos sentir vergonha de Jesus? Assim como Jônatas confessou o nome de Davi na condenada casa de Saul, possamos nós assim também, e muito mais, confessar o nome de Jesus diante deste mundo condenado!
QUANDO VEM A PERSEGUIÇÃO

Venha; vamos agora seguir nosso Jônatas um pouco mais em 1 Samuel 20. Saul continua procurando matar Davi. “Mas, como então aquele que era gerado segundo a carne perseguia o que o era segundo o Espírito, assim também agora.” (Gl 4:29). Mas é a perseguição que revela aqueles que são verdadeiros seguidores de Jesus: “Vós sois os que tendes permanecido comigo nas minhas tentações.” (Lc 22:28). Isso foi ternamente expressado, e mostrava também como o coração de Jesus apreciava a comunhão fiel, ainda que sem brilho, de Seus discípulos, quando a casa religiosa dominante procurava atentar contra a Sua vida, buscando ocasião para condená-Lo à morte. Com toda certeza, isso foi maravilhosamente prefigurado em nosso capítulo. A simpatia do devoto Jônatas era preciosa para Davi. E quanto isso adoçou a taça amarga! Aquelas palavras, “Saulo, Saulo, por que Me persegues?” (At 9:4). nos revelam claramente como o coração de Jesus está afeiçoado a todos os Seus membros aqui nesta Terra. E será que isto não mostra quão preciosa é para Ele a simpatia que demonstramos para com aqueles que são odiados e perseguidos? Oh, que coisa mais estranha foi, e ainda é, o ódio do homem contra Jesus!
Será que você não notou que desde aquele dia o ódio do homem é proporcional à fidelidade do cristão a Cristo? Porventura não é assim que acontece? Quem mais é tão odiado pela grande casa professante de nossos dias, senão os poucos que desejam realmente caminhar sobre Suas benditas pegadas? Existirão outros tão caluniados e odiados como estes? Mas desde os dias de Paulo, até o presente momento, a pior mentira acerca de Cristo é esta: que se dermos a Ele a honra de uma salvação completa e eterna, sem obras de nossa parte, essa doutrina nos levará à desobediência e ao descuido no andar. Quão completamente é esta mentira rechaçada por nosso Jônatas – “E disse Jônatas a Davi: O que disser a tua alma, eu te farei” (1 Sm 20:4). Que preciosa obediência, obediência de coração, fruto da fé! Posso apontar em qualquer parte do Novo Testamento e encontrar o mesmo fruto. “Senhor, que queres que faça?” é o primeiro impulso de Paulo nascido de novo (At 9:6).

FAZER A VONTADE DO SENHOR
Será que é esta também a linguagem do seu coração para com seu precioso Senhor? “O que disser a Tua alma, eu Te farei”. Isto vai muito além da lei, boa, santa e justa como era. Trata-se do desejo, implantado pelo céu, de fazer a vontade do Senhor no que quer que Ele possa desejar que eu faça. E havia, em Jônatas, esta prontidão para servir Davi na casa de seu pai, e mostrar a Davi o que seu pai tinha em mente, fosse isso bondade ou ódio. Creio que podemos dizer que ele era verdadeiramente um homem de Davi na casa de Saul.
A julgar pelas aparências exteriores, Davi era o desterrado – o rejeitado; e, mesmo assim, com que beleza a fé podia ver nele o escolhido de Jeová! “E Jônatas fez jurar a Davi de novo, porquanto o amava; porque o amava com todo o amor da sua alma.” (1 Sm 20:17). E quando chegou a lua nova, e o rei tomou o seu assento, o lugar de Davi estava vazio; e então, quão plenamente Jônatas confessou o nome de Davi, apesar de sua confissão atrair sobre si a severa ira de seu pai Saul! “Então se acendeu a ira de Saul contra Jônatas, e disse-lhe: Filho da perversa em rebeldia; não sei eu que tens elegido o filho de Jessé para vergonha tua e para vergonha da nudez de tua mãe? Porque todos os dias que o filho de Jessé viver sobre a Terra nem tu serás firme, nem o teu reino: pelo que, envia, e traze-mo nesta hora; porque é digno de morte.” (1 Sm 20:30-31) Ainda assim Jônatas fala em favor de Davi: “Por que há de ele morrer? Que tem feito?” (1 Sm 20:32). “Se a Mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós.” (Jo 15:20). “Então Saul atirou-lhe com a lança, para o ferir.” (1 Sm 20:33). Agora ele bem conhecia o ódio resoluto que seu pai tinha contra Davi.
O quanto ele sentiu em seu coração, quando a flecha de aviso foi atirada, nós podemos deduzir disto: “E, indo-se o moço, levantou-se Davi da banda do sul, e lançou-se sobre o seu rosto em terra, e inclinou-se três vezes: e beijaram-se um ao outro, e choraram juntos, até que Davi chorou muito mais. E disse Jônatas a Davi: Vai-te em paz: o que nós temos jurado ambos em nome do Senhor, dizendo: O Senhor seja entre mim e ti, e entre minha semente e a tua semente, seja perpetuamente. Então se levantou Davi, e se foi; e Jônatas entrou na cidade” (1 Sm 20:41-43).
As tristezas de Davi, o ungido de Deus, não passavam de sombras das tristezas muito mais profundas do Filho Unigênito de Deus, seja quando olhamos para os múltiplos sofrimentos pelo qual Ele foi consagrado Príncipe da nossa salvação, ou no sofrimento da morte, por meio da qual Ele está agora glorificado à destra de Deus. Sem dúvida, a pressão no coração de Davi foi usada para dar expressão àqueles sofrimentos futuros de nosso Jesus.

SEGUIR O REJEITADO
Mas neste ponto da história de Jônatas – e trata-se de um ponto solene – devemos nos lembrar de que Davi passava a ser um desterrado da casa de Saul, e que o Senhor Jesus é, neste exato momento, um desterrado deste mundo; e assim como Saul odiou Davi, de modo semelhante, e até mais, este mundo odiou, rejeitou e desterrou – sim, até mesmo assassinou – o ungido Cristo de Deus; e Ele continua sendo, ainda hoje, o odiado e rejeitado Jesus.
Mas há um outro lado nesta figura. Deus havia rejeitado a casa de Saul, embora a tivesse suportado por um longo tempo – sim, durante todo o tempo da rejeição de Davi. E Ele havia escolhido e ungido a Davi. E o Senhor estava com Davi, tanto quanto não estava com Saul. Certamente Samuel sabia disso, e Davi sabia também, ainda que a fé estivesse sendo dolorosamente provada. E Jônatas sabia disso, como veremos em seu próximo, e último, encontro com Davi.
Mas devo agora falar a você daquela uma só coisa que faltou em nosso Jônatas. É muito doloroso fazê-lo; devo dizer-lhe por que? Ah, porque existem tantos Jônatas em nossos dias! Porventura não é algo triste conhecer Jesus, amar Jesus, confessar o Seu Nome, se deleitar muito em Jesus, desejar servi-Lo neste mundo mau, e, apesar de tudo, parar de repente quando só faltava uma coisa!
O que poderia ser essa coisa? O leitor talvez possa dizer, pela graça de Deus: “Tudo o que você disse de Jônatas se aplica a mim”. Pode, então, lembrar-se de quando Deus fez com que você visse os seus pecados; de quando o adversário teve permissão para fustigar sua alma, como Golias desafiando os exércitos de Israel no vale de Elá? Você não encontrou libertação, não encontrou paz, até que o Espírito Santo revelasse Jesus à sua alma; até que lhe fosse revelado Aquele que foi enviado por Deus, e Ele mostrasse a você como havia completado a grande obra da redenção, e que, pelo Seu precioso sangue, seus pecados tinham ido embora para sempre, como os filisteus haviam fugido do vale de Elá. E não foi isso o que conquistou o seu coração para Jesus, do mesmo modo como Jônatas teve seu coração unido a Davi? Talvez seu orgulho próprio tenha sido, desde então, muitas vezes esmagado, mas será que você pode dizer: “Senhor, Tu sabes que Te amo”? (Jo 21:15).

SÓ FALTOU UMA COISA
Você já conseguiu se despojar de toda a sua justiça-própria? Será que você está totalmente sujeito a Jesus? Será que Ele é tudo, e você nada? É Ele precioso para a sua alma? Pode você dizer: “Tenho nEle o meu prazer?” Pois estou certo de que pode-se ter muito prazer nEle, à medida que compreendemos a vaidade de tudo o mais, e a inutilidade de tudo aquilo que vem do homem. E será que você já confessou o nome de Jesus em seu círculo social em, digamos, sua própria casa? Você continuou falando bem de Jesus, mesmo tendo que enfrentar todo o ódio e oposição? Assim como Jônatas foi testemunha de Davi – foi o homem de Davi na casa de Saul – têm você sido testemunha de Jesus? Tem sido seu prazer manter comunhão com Jesus e servi-Lo, como Jônatas teve prazer em falar com Davi e servi-lo? Se sua resposta for “sim”, não seria triste descobrir que, apesar de tudo, só faltou uma coisa?
Você reparou quais foram as últimas palavras de nosso Jônatas? (1 Sm 20:42). “Então se levantou Davi, e se foi; e Jônatas entrou na cidade.” (1 Sm 20:43). Para onde foi Davi? No capítulo 22 nós o encontramos na caverna de Adulão. “Então Davi se retirou dali, e se escapou para a caverna de Adulão: e ouviram-no seus irmãos e toda a casa de seu pai, e desceram ali para ele. E ajuntou-se a ele todo o homem que se achava em aperto, e todo o homem endividado, e todo o homem de espírito desgostoso, e ele se fez chefe deles: e eram com ele uns quatrocentos homens.” (1 Sm 22:1-2). Mas havia um que não estava com ele, e esse era o próprio Jônatas. Talvez você pergunte: “Como podia ser possível que Jônatas, que sabia do reino de Davi que estava para vir, não estivesse com ele?” Bem, vamos ler a última conversa que Jônatas teve com Davi, e não teremos mais dúvidas sobre isto.
“Então se levantou Jônatas, filho de Saul, e foi para Davi ao bosque, e confortou a sua mão em Deus; e disse-lhe: Não temas, que não te achará a mão de Saul, meu pai; porém tu reinarás sobre Israel, e eu serei contigo o segundo: o que também Saul meu pai, bem sabe. E ambos fizeram aliança perante o Senhor: Davi ficou no bosque, e Jônatas voltou para a sua casa” – a casa, a mesma casa de Saul, o rejeitado por Deus. No entanto, fica evidente que Jônatas bem sabia do reino vindouro de seu amado Davi; tanto quanto sabia da rejeição da casa de Saul; e, ainda assim falhou quando deveria ter saído dela e tomado o seu lugar, o lugar da fé, com o rei que viria, o escolhido de Deus.
Você sabe, querido leitor, como terminará a presente era? Você sabe que “quando disserem: Há paz e segurança; então lhes sobrevirá repentina destruição”? (1 Ts 5:3); – que “é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus”? (1 Pd 4:17); – que, assim como a casa apóstata de Saul foi eliminada, o mesmo acontecerá com a cristandade apóstata que será vomitada da Sua boca? (Ap 3:16). Acaso você não está vendo que há muitas coisas ao seu redor que refletem um espírito assim? Que dia este de trombetas soando! Ouçam os hebreus o que estamos fazendo! (1 Sm 13:3). Nunca antes houve uma época de tantos feitos humanos e de tantas trombetas alardeando esses feitos.
“Como dizes: Rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta; e não sabes que és um desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu.” (Ap 3:17). Esta é a descrição, dada pelo próprio Senhor, do último estado da grande e condenada casa professa (Ap 3:15- 20). Saul certamente era grande neste mundo, se comparado com o desterrado Davi, mas quão desventurado e miserável foi o seu fim!

REUNIDOS A JESUS
Mas, querido leitor, acaso você não sabe que esse Jesus, rejeitado no mundo, encontra-Se neste exato momento à destra da Majestade nas alturas, e que Ele cedo virá, e com um clamor reunirá os Seus santos para encontrá-Lo nos ares (1 Ts 4); e que depois disso Ele voltará em juízo sobre aqueles que não obedeceram ao evangelho (2 Ts 1); e que então o glorioso reino desse, agora rejeitado, Jesus certamente terá o seu lugar? Você concorda que todas essas coisas certamente acontecerão? E será que você sabe que Deus está, pelo Seu Espírito, reunindo uns poucos dos redimidos do Senhor a esse Jesus, agora rejeitado, como foram reunidos a Davi aqueles quatrocentos homens na caverna de Adulão? É verdade, aqueles quatrocentos formavam um grupo bem desprezível, mas era a Davi que estavam reunidos. Ah, se Jônatas tivesse sido um deles, você acha que seu corpo teria sido pregado no muro de Bete-Sã?
Está mais do que na hora de colocar esta questão diante de você: Onde é que você está? Será que está construindo com madeira, feno e palha na grande casa de Saul – essa cristandade vistosa de mera profissão exterior – essa que professa ser a Igreja de Deus, mas que, na realidade, tornou-se a igreja do mundo? Ou será que você já tomou o seu lugar fora do arraial com esse Jesus, agora rejeitado, mas que voltará? Ah, penso estar ouvindo você dizer: “Oh, esses cristãos separados; são pessoas tão horríveis!” Jônatas deve ter dito o mesmo daqueles quatrocentos homens que estavam com Davi. Mas o que dizer de Jesus? Será que Ele não é digno de que você deixe tudo para identificar-se só com Ele? Você encontrará alguns outros, poucos, mas que por graça encontram-se nesse mesmo bendito lugar; apesar de o mundo religioso tentar fazer deles uma seita, e até, como nos dias de Paulo, uma seita da qual em todo lugar se fale mal. Estou sendo franco; falo sem rodeios. Há uma grande casa de profissão exterior, como era a casa de Saul; e há uma separação dela, em identificação com Jesus em Sua rejeição, como os quatrocentos que estavam com Davi; e se você é um cristão, certamente você está, ou em um lugar, ou no outro. É provável que você diga: “É neste grande sistema que ganho o meu pão”. Bem, se assim for, admito que trata-se de um assunto bem sério. Mas o mesmo acontecia com Jônatas, e você pôde ver o fim dele – os muros de Bete-Sã.
“Mas”, outro poderá dizer, “será que você não consegue ver a influência que posso ter, permanecendo onde estou? Veja que bela congregação! Que oportunidades de falar de Jesus! Você acha que eu conseguiria ter as mesmas oportunidades, ou algo parecido, se tomasse meu lugar fora, ao nome de Jesus? E pense só na oposição que encontraria daqueles com quem me relaciono! Por que deixar todo o esplendor e conforto de tudo o que é admirado no mundo, e onde pode-se, ao mesmo tempo, verdadeiramente confessar o nome de Jesus?”
Ah, meu amigo, Jônatas pode muito bem ter dito o mesmo, mas por que foi que ele perdeu o prêmio de seu amor e serviço a Davi? E por que foi ele acabar vergonhosamente pregado nos muros de Bete-Sã? Acaso não foi por ele ter agido nos mesmos princípios sobre os quais muitos agem ainda hoje? Ele uniu-se àquilo que era exterior, aquilo que Deus havia rejeitado, e falhou ao não tomar o seu lugar junto com os pobres e desprezados seguidores do ungido de Deus.
Você sabe muito bem, querido leitor, que Deus não Se associa a esse comércio, mundanismo e pecado que é tolerado na igreja professa. Se você tem um grande apreço por Jesus, se você deseja fazer o que quer que Ele deseje de você, então certamente Sua voz poderá ser ouvida nestas preciosas passagens que falam dEle. Oh, não é triste ficar perdendo o seu tempo com aquilo, e para aquilo, que será destruído na vinda do Senhor? Tem comunhão e encontros ocasionais com Davi e, então, lá vai você de volta para a casa de Saul. Ah, isso de nada adiantará! Você pode ter as quatro características que Jônatas teve, de uma verdadeira conversão a Cristo, e ainda assim perder seu galardão.
1. Como Jônatas, você pode ter ficado cheio de amor para Jesus, reconhecendo-O como o Cordeiro de Deus que levou de uma vez para sempre os seus pecados (1 Sm 18:1); 2. Você pode ter se despojado para Jesus (1 Sm 18:4); 3. Você pode ter feito plena confissão do nome de Jesus, deleitando-se muito nEle (1 Sm 19:1-5); 4. Você pode ter desejado fazer o que quer que Jesus desejasse (1 Sm 20:4).
Mas será que, como Rebeca que deixou tudo para ir ao encontro de seu Isaque, você está disposto a deixar tudo e tomar o seu lugar de devota identificação com Jesus?

domingo, 4 de novembro de 2018

NO LUGAR DADO POR DEUS

 No Lugar Dado Por Deus

"Qual a ave que vagueia longe do seu ninho, tal é o homem que anda vagueando longe do seu lugar" (Provérbios 27:8).

Um caranguejo, abandonando a beira-mar escolheu um gramado vizinho para ser seu chão de alimentação. Uma raposa, que ia passando, estava muito faminta e o comeu. No exato momento em que estava para ser comido, o caranguejo pensou: "Eu bem mereço o meu destino. Que estou fazendo aqui, na terra, se meus hábitos e minha natureza são adaptados ao mar?"

A satisfação com o lugar onde Deus nos coloca é um elemento primordial para a felicidade. A cada um de nós, do corpo de Cristo, foi concedido talentos diferentes e compete a nós usá-los da melhor maneira dentro de nossos limites e da vontade de Deus.

As pessoas costumam viver sempre descontentes com o que têm ou com o que fazem. Gastam preciosos momentos de sono planejando o que irão fazer para serem como fulano ou beltrano, ou para terem tanto ou mais do que eles têm!

Quem vive dessa maneira jamais será feliz, pois, sempre acharão outros aos quais desejarão se comparar. E se conseguirem, quem garante que serão felizes ou estarão realizados?

Deus nos conhece bem. Sabe de nossos limites e do que somos capazes, e nos coloca no lugar certo e com a incumbência exata para que nos realizemos, alcancemos as vitórias e com elas a verdadeira felicidade. A mão só é útil no lugar dela e, de igual modo o pé.

Alegre-se sempre por estar no lugar onde Deus lhe colocou!

Pr. Paulo Roberto Barbosa, do site - Escuro Iluminado: http://ministerio-pararefletir.blogspot.com/

ALICERCE BEM CONSTRUÍDO

Alicerce Bem Construído

"É semelhante ao homem que,  edificando  uma casa,  cavou, abriu profunda vala, e pôs os alicerces sobre a rocha;  e vindo a enchente, bateu com ímpeto a torrente naquela casa, e não a pôde abalar, porque tinha sido bem edificada" (Lucas 6:48).

Um homem chamou seu pedreiro de confiança e pediu-lhe para construir um terraço em sua casa. Ele o queria para reunir amigos sempre que houvesse um motivo para festejar alguma coisa. O pedreiro, antes de começar a obra,  verificou  a estrutura do imóvel e disse ao dono da casa:  "Não posso construir um terraço aqui. A casa não tem alicerce preparado para a obra. Só poderei construir o que você deseja se,  em primeiro lugar, construir um alicerce."

E a construção de nossa casa espiritual?  Sem um alicerce sólido, nada é possível.  Diante de qualquer vento ou tempestade, tudo ruirá. Sem o alicerce adequado,  não  há segurança alguma.

Nossa vida precisa estar edificada na pessoa e nos ensinos de nosso Senhor Jesus Cristo. Quando confiamos tudo a Ele, estamos seguros e nada poderá nos fazer desabar.  Problemas?

Teremos... Lutas? Teremos... Frustrações? Teremos... Mas,  a certeza da vitória nos animará e não nos deixará perder as esperanças e nem desanimar. Cristo é o fundamento para uma vida espiritual sólida e inabalável.  Cristo é o alicerce para a verdadeira felicidade.

Sua casa espiritual possui um alicerce confiável?

Autor: Pr. Paulo Roberto Barbosa

terça-feira, 2 de outubro de 2018

A CONQUISTA - UNÇÃO PROFÉTICA

A CONQUISTA - UNÇÃO PROFÉTICA - (I Samuel 16:13) 
A primeira vez que Davi foi ungido Rei, representou para ele um chamado de Deus. Uma promessa de conquista de levantá-lo como um grande Rei. 

Esta unção derramou tão grande poder sobre Davi para vencer inimigos físicos e espirituais sendo preparado para enfrentar os grandes desafios que viriam pela frente até chegar definitivamente ao trono.

A unção é o que dava legitimidade e autoridade ao Rei. O Rei que assumisse o trono sem a unção, era considerado usurpador da coroa. E Davi foi escolhido por Deus porque Saul havia abandonado ao Senhor. 

Processo da conquista:
- Davi foi designado para ser escudeiro real (I Samuel 16:21)
- Davi tocava harpa para libertar Saul (I Samuel 16:23)
- Matou o leão e o urso defendendo as ovelhas (I Samuel 17:34,35)
- Venceu o gigante Golias (I Samuel 17:49-51)
- Derrotou centenas de filisteus ( I Samuel 18:7)

A partir do momento em que recebeu sua primeira unção, Davi foi crescendo gradualmente de pastor de ovelhas à escudeiro, depois músico, general, até chegar a herói do seu povo.

Em todos os postos pelos quais passou até assumir o trono real, ele nunca deixou a soberba penetrar em seu coração e nem se envaideceu com o sucesso. Foi servo de Deus com um coração de pastor. 

Essa unção nos mostra que Deus nos unge para lutar e conquistar. Isso não significa que não teremos problemas, mas que, se o tivermos, teremos como respaldo garantido a unção para nos dar poder de vitória sobre os inimigos.

2ª Unção: 

A CAPACITAÇÃO - UNÇÃO DE AUTORIDADE REAL - (II SAMUEL 2:4) 

15 anos depois da 1ª unção, Davi foi ungido pela 2ª vez.

A 2ª unção de Davi foi uma confirmação de que era realmente o escolhido de Deus. Nesta 2ª unção, Davi assume o reinado apenas sobre Judá e enfrenta muitas adversidades dos inimigos externos do próprio povo de Israel e em sua própria família.

Essa 2ª unção serviu para uma capacitação ainda maior de Davi renovando a autoridade dada por Deus a ele como Rei. Uma preparação sobre Judá, para que depois reinasse sobre todo o Israel.

As vezes queremos receber tudo de Deus e de uma só vez. O Senhor age conosco em um processo de recriação espiritual. Primeiro age dentro de nós, para depois agir no externo.

Nesse processo divino, passamos uma reformulação mental, uma submissão e reeducação de nossa alma, quebrantamento do coração, fortalecimento físico, reestruturação de caráter, mudança de personalidade, vejam meus irmãos, isso não acontece do dia para a noite e não incluí somente os fatores internos, como também os externos, pessoas, dificuldades, circunstâncias, adversidades.

E, se queremos alcançar o alvo que Deus designou para nós, temos que trabalhar nesse período, dentro de nós, a paciência, a dedicação, a renúncia e fidelidade ao Senhor.

A caminhada de lutas é necessária para que Deus tenha tempo hábil de fazer todo o trabalho com perfeição. Se formos fiéis no pouco, receberemos o muito (Lucas: 16:10).

3ª Unção

O ESTABELECIMENTO - UNÇÃO SACERDOTAL - (II SAMUEL 5:3)

Após a 2ª unção, se passaram 7 anos e 6 meses (II Samuel 2:11), e Davi foi ungido pela 3ª vez. Desta vez ele estava assumindo o trono de todo o Israel e definitivamente sendo estabelecido Rei de seu povo.

A 3ª unção de Davi é uma prova de sua fidelidade para com Deus e o Senhor o honrou. 

Após essa unção, ele conseguiu trazer a Arca da Aliança ao Monte Sião e restabelecer o culto ao Senhor (II Samuel 6:15). Nesta atitude, Davi alcança mais que autoridade política, mas consegue ter também, influência espiritual sobre o povo, tomando o posicionamento de adorador e sacerdote.

Um Rei para ser completo, devia ter estas 3 qualidades: Profética, Real e sacerdotal. Jesus recebeu dos magos ouro, incenso e mirra símbolo de Rei, profeta e sacerdote.

Davi compreendeu sua autoridade e por isso se tornou o maior Rei de toda a história de Israel.

Assim como em Davi, a unção de Deus se renova em nós para nos preparar para a conquista, nos capacitando, para definitivamente, nos estabelecer.

Creia no poder do ungido de Deus dentro de você!
O Espírito Santo derrama do seu poder sobre nós!

domingo, 30 de setembro de 2018

1 CORÍNTIOS 14:7

1 Coríntios 14:7

DA MESMA SORTE, SE AS COISAS INANIMADAS. O autor defende que os irmãos procurem os dons que possam expressar algo que venha para edificação da igreja de Cristo e não um dom que edifica somente aquele que a exerce. E para melhor clarear sua explicação, Paulo usa mais uma de suas metáforas, e desta vez sobre objetos inanimados, mas que emitem sons, porem, esses sons devem ser certos e definidos.

QUE FAZEM SOM. Existe nos dias de hoje uma enorme quantidade de instrumentos que emitem sons, tais como o violão, o piano, a gaita de fole, a guitarra, o tambor, a bateria, a trombeta e outros tantos. Cada instrumento de som tem a sua própria utilidade, quando bem utilizado para aquilo que foi projetado. Mas se mal utilizado e sem harmonia com os demais instrumentos, produzem é confusão e desordem.

SEJA A FLAUTA. Este é um dos instrumentos de sopro mais antigo da humanidade, porque pode ser feito de madeira simples, como um pequeno pedaço de bambu. Se tornou um instrumento popular entre as diversas classes sociais, porque até os mais pobre dos cidadãos poderia possuir uma delas. O flautista que utilizava com conhecimento deste instrumento sabia perfeitamente como toca-la para cada ocasião.

SEJA A CÍTARA. Já a cítara é um instrumento de cordas, mais complexo do que a simples flauta citada anteriormente. Este instrumento musical, para a época em que foi escrita esta carta de Paulo aos coríntios, representava todos os demais instrumentos de cordas. A cítara por envolver várias cordas em uma caixa de ressonância precisava ter cada corda a sua própria nota para expressar harmonia no tocar. Assim é o dom de línguas, que precisa do dom de interpretação para edificação.

NÃO FOREM SONS DISTINTOS. Estes instrumentos eram utilizados para se comemorar datas festivas específicas nas cidades antigas, bem como nas solenidades de casamentos, sendo ainda usados para celebração de funerais e outros tipos de eventos. Cada evento tinha suas melodias apropriadas para cada tipo de festa. Isso fazia com que as pessoas identificassem que tipo de solenidade estava se fazendo.

COMO SE CONHECERÁ O QUE SE TOCA. Se o flautista ou o tocador de cítara não tocasse o som ideal para cada evento, causaria confusão na mente das pessoas, e desta forma, não haveria por parte dos ouvintes como identificar que tipo de evento estaria sendo comemorado. Da mesma forma, se o dom de línguas não tivesse o dom de interpretação, não haveria edificação da igreja, mas somente do que falava.

COM A FLAUTA OU COM A CÍTARA? Como a flauta era mais utilizada, até mesmo pelos mais jovens, desta forma era mais fácil de identificar o seu som, quando o flautista tocava para um determinado aviso de solenidade ou festa. Mas a cítara tinha que ter um bom tocador para que as cordas bem ajustadas pudessem formar um som harmonioso e as pessoas decifrarem a intenção do que se tocava. Paulo pede aos irmãos daquela igreja que eles fizessem de tudo para haver ordem nos cultos.

Ev. Francisco Amâncio
http://comentarionovotestamento.blogspot.com/2018/04/1-corintios-147.html

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

FRUTOS DO ESPÍRITO SANTO E SEUS SIGNIFICADOS

Frutos do Espírito Santo e seus significados

Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei.” (Gálatas 5:22,23)

Se você é um cristão verdadeiro certamente, em algum momento da sua vida, já se perguntou: O que Deus quer de mim? Como deixar Ele satisfeito?
Bom, a resposta que a Bíblia oferece a essa pergunta é simples. Deus deseja duas coisas de nós:
1.    Que o conheçamos como nosso Pai
2.    Que sejamos filhos perfeitos, como o seu próprio filho.
As duas coisas funcionam como um ciclo: quanto mais conhecemos a Deus mais nos tornamos os filhos que Ele deseja, mais modificamos o nosso comportamento, a nossa mente e os nossos sentimentos sobre a nossa relação com outros, conosco e com Deus.
O texto de Gálatas 5 sobre os frutos do Espírito é um texto muito famoso e serve como um tipo de “resumo” do caráter do próprio Jesus. Ele nos ajuda a lembrar como ser filhos perfeitos, como agradar o nosso Pai.
Nesse artigo, vamos nos deter em cada uma das virtudes para compreender o que elas realmente significam.

O fruto é uma questão de tempo

A figura que Paulo escolheu para falar da nossa transformação pessoal foi a de um “fruto”. Isso talvez signifique que assim como o fruto de uma árvore depende do tempo e da própria árvore para crescer nós também precisamos de tempo e da operação de Deus.

Amor

A virtude do amor pode ser considerada o cerne do cristianismo. Jesus mesmo declarou que toda lei se resume ao amor ( à Deus e ao próximo). A Bíblia nos ensina que a presença ou a falta de amor em nossas vidas irá provar:
1.    Se estamos vivos ou mortos
“Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos uns aos outros.” I joão 3:14
Aquele que não ama está morto. Pode comer, andar, falar, dormir, trabalhar, mais interiormente está morto porque sufocou, pelo egoísmo,  o seu motivo de existir, amar.
A “vida” sem amor é apenas “bios”, é o coração batendo e o sangue correndo entre artérias e veias. É a vida que um gorila, uma água viva e um urso possuem. A bíblia afirma que quando Deus nos criou ele não apenas colocou Bios em nós mas “Zoé”. Zoé é o que nos faz a semelhança de Deus, é o que nos torna verdadeiramente belos, o que nos leva a transcender a matéria e o que dá real significado a Bios.
Ao nos tornarmos pessoas cheias de amor evidenciamos que ainda existe Zoé dentro de nós.
2.    Se realmente somos discípulos de Jesus
“Através deste testemunho todos reconhecerão que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns pelos outros.” João 13:35
Você quer saber se você é realmente cristão? Faça a pergunta: Existe amor em mim? Eu amo de verdade aos meus irmãos? Essa é a prova final.  Você pode ir em todos os cultos, expulsar demônios, realizar curas, tocar no louvor, falar em línguas , mas a bíblia afirma que nada disso  prova realmente a veracidade da fé de alguém. O amor genuíno e verdadeiro é a marca definitiva do verdadeiro discípulo.
3.    A existência de Deus
Por último o amor nas relações humanas prova a existência de Deus.
“Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é aperfeiçoado em nós” I João 4:12

O que significa amar?

Para concluir este tópico trouxemos o pensamento do filósofo Michel Quoist sobre o significado do amor. Em um mundo onde há tantos mal entendidos sobre essa palavra devemos lembrar o seu real significado:
“Amar não é “sentir”. Se você espera para Amar, ser empurrado por sua sensibilidade, você Amará pouquíssimas criaturas sobre esta terra… e, evidentemente não seus inimigos. Amar não é algo instintivo, é a decisão consciente de sua vontade de ir ao encontro dos outros e dar-se a eles. Perca-se, esqueça-se e você Amará muito mais seguramente. A fome faz você sair de si para ir comprar pão. Você abre a janela para olhar um maravilhoso pôr de sol. Você corre ao encontro do amigo, assim que o avista. O desejo, a admiração, a afeição sensível podem arrancá-lo de si mesmo e empurrá-lo para o caminho do dom, mas nada disso – é ainda o Amor. São meios de conduzi-lo ao Amor. O Amor é uma estrada de mão única. Ela sai sempre de você para ir para os outros. Cada vez que você toma um objeto ou alguém para você, você cessa de Amar, porque para de dar. Amar, em essência, é dar-se a alguém e aos outros.
Aquele que mais Amou foi Cristo; não porque tenha dado prova de maior afeição sensível pelos homens, mas porque deu mais
e mais conscientemente
e mais voluntariamente
e mais gratuitamente
que todos os outros homens.”

Alegria

O que lhe dá alegria no dia a dia?
Se pararmos para pensar iremos concluir que pelo menos três situações despertam alegria em nós:
1.    Nos sentimos alegres quando estamos com pessoas que amamos, familiares ou amigos. Podemos dizer que nesse sentido a alegria é relacional, os relacionamentos podem fazer com que nossos olhos brilhem e podem nos dar esperança.
2.    Nos sentimos alegres quando recebemos boas notícias, um parente esta no hospital e você recebe a noticia que a cirurgia foi bem sucedida, você recebe uma ligação anunciando que foi aceito em determinado emprego ou vê seu nome na lista de aprovados. As boas notícias tem o poder de mudar o nosso ânimo e nos deixar alegres, portanto ela é celebrativa.
3.    Por último, nos sentimos alegres por estarmos vivos. A simples capacidade de dar uma volta em um parque, a capacidade de correr, sentir o vento, contemplar um por do sol, executar com êxito uma nova tarefa enche nosso coração de alegria. A alegria é criacional.
Estes três motivos de alegria poderão sempre estar presentes na vida do cristão. Ele pode usufruir de alegria relacional porque recebeu uma família verdadeira e genuína que é a igreja, pode ter alegria celebrativa porque recebeu a melhor de todas as boas notícias: as boas novas do evangelho. E a alegria criacional, pois sabe que é amado e capacitado por Deus para fazer o bem e usufruir da criação.
Por último a alegria do cristão ainda está em conhecer e obedecer os mandamentos de Deus. Davi em muitos dos seus salmos afirma “tenho prazer nos teus mandamentos”. No texto de Neemias 8 o povo de Israel se alegrou sobremaneira porque entenderam e obedeceram os mandamentos de Deus.
Cabe ressaltar que um cristão que luta para ter alegria nas circunstâncias da vida é diferente de um cristão que está sofrendo de depressão. Este último caso caracteriza-se como uma doença, e assim como uma gastrite ou asma, necessita de ajuda médica. Se você encontrar alguém que está sofrendo de depressão não tente dizer “alegre-se no Senhor!Pare com isso!” Isso costuma piorar o sofrimento dessas pessoas, pois o que as impede de sentir alegria são componentes orgânicos (neurotransmissores, equilíbrio hormonal) e não falta de vontade.

Paz

Nos tempos em que vivemos parece cada vez mais difícil encontrar paz. Os telefonemas, os compromissos, o transito e a rotina descontrolada deixam as pessoas em um estado constante de ansiedade.
Paulo afirma que é possível para o cristão viver uma vida de paz, mesmo passando por uma vida tumultuada, sofrimentos e angustia.
Mas como?
Há dois tipos de paz na bíblia, a paz que Jesus nos concedeu (morrendo em nosso lugar) que é a paz COM Deus. E a paz que vem de Deus para nos aquietar que é a paz DE Deus. Paulo nos ensina o segredo para ter esse segundo tipo de paz:
Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os seus corações e as suas mentes em Cristo Jesus.
Filipenses 4:6,7
A oração é o meio pelo qual comunicamos a Deus as nossas angústias e ansiedades. Mesmo que a situações problemáticas não sejam resolvidas a bíblia nos garante que Deus irá guardar o nosso coração e a nossa mente  com a sua paz.
A palavra “paz” também pode ser usada no sentido relacional, ou seja, paz com outras pessoas. Essa característica faz parte do caráter cristão e faz parte do fruto a que Paulo se refere. Um cristão não vive em conflito com outros,não vive brigando. Ele é pacificador e irá utilizar toda a sua energia e boa vontade em tentar manter a paz com todos que o cercam:
Se for possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os homens.
Rm 12:18
Tentar estabelecer e manter a paz entre outras pessoas inclui evitar desentendimentos e estar pronto a perdoar e a amar de maneira incondicional.

Paciência

Paciência pode significar:
·         Aguentar por um longo tempo situações ou acontecimentos que se opõe a nossa vontade e que podem gerar sofrimento, ou no mínimo desconforto.
·         Tolerar os pontos fracos das outras pessoas, sejam estas irmãos ou não.
Ser paciente é não guardar rancor,não responder asperamente diante de uma grosseria, não revidar e não gritar diante de irritações ou frustrações.
A falta de paciência pode levar a muitos outros pecados como reclamações, ira descontrolada, maledicência e gritaria.
Deus é paciente. Em trechos do antigo testamento Ele descreve-se para Moises como um ser tardio em irar-se. Em muitas vezes ele revela essa paciência, quando volta a ter misericórdia do povo de Israel e quando decidi perdoar os seus pecados.
Expandindo para o novo testamento, encontramos Jesus. Como exemplo de paciência ele suporta os sofrimentos diários da vida humana. Pedro descreve essa paciência quando afirmar:
O qual, quando o injuriavam, não injuriava, e quando padecia não ameaçava, mas entregava-se àquele que julga justamente;
1 Pedro 2:23

Benignidade

L., BENIGNUS, “generoso, bondoso”, literalmente “bem nascido”, de BENE, “bem”, mais GIGNERE, “gerar”.
Benignidade é a maneira como exercemos bondade, ela tem a ver com delicadeza, sensibilidade para com outras pessoas.
Benignidade é ser atencioso e cuidar do próximo acima de si mesmo, mesmo que isso algumas vezes demande privação de conforto, prazer, tempo e disposição.
Deus é benigno e demonstra sua benignidade de muitas formas, em Atos 14:17 Paulo afirma que uma das formas que Ele a demonstra é nos sustentando:
E contudo, não se deixou a si mesmo sem testemunho,  sendo benigno para convosco, dando-vos chuvas e tempos frutíferos, enchendo de mantimento e de alegria os vossos corações.
Atos 14:17
Jesus é também um grande exemplo de benignidade. Uma marca de sua vida que revela muito dessa característica é a sua disposição em atender com bondade as pessoas que o interrompiam. Leia os evangelhos e repare quantas vezes Jesus foi interrompido pelas pessoas. Mesmo nas interrupções ele tratou todos com ternura. No extremo de seu sofrimento conseguiu importar-se com outras pessoas acima de si mesmo: quando respondeu as mulheres a caminho da cruz (“não choreis por mim mas por vós e pelos vossos filhos) e quando em seu últimos momentos pediu que João cuidasse de sua mãe.
Como tratamos as pessoas ao nosso redor quando estamos nos sentindo mal? Quando estamos sofrendo? Como respondemos aqueles que interrompem nossa rotina?
O fruto da benignidade não é natural, o que é natural é nosso egoísmo e nossa especialidade em pensar em primeiro lugar em nós mesmos, o único que pode nos ensinar o caminho da benignidade é o único que realmente o percorreu até o fim.

Bondade

Uma pessoa bondosa é aquela que se compromete a fazer o bem sem se preocupar se alguém a observa e reconhece. O bem que faz está acima de seu prazer pessoal e pela prática do bem está disposta a sacrificar seu tempo, seus recursos materiais e a si mesmo.
Jesus, conforme afirmou o apóstolo Pedro, andou por toda parte “fazendo o bem”. Jesus se importava profundamente com cada pessoa, e não fazia o bem para ser visto e elogiado (ao contrário dos líderes religiosos de seu tempo)
Muitas vezes durante sua vida Jesus foi tentado a abandonar o bem absoluto e a trilhar um caminho mais fácil, (quando Lúcifer o encontrou no deserto, quando Pilatos lhe fez uma proposta, quando a multidão queria aclamá-lo rei). Mas ao invés de ceder,  fez o que era certo e perseverou até o fim consumando em seu último momento de vida a maior e mais bondosa obra realizada na história humana: a auto entrega de um santo por todos os pecadores que existiram e haveriam de existir.
Quando nós cristãos escolhemos fazer o bem, escolhemos também cooperar com Deus na luta contra o mal que avança, sem piedade, sobre o mundo.
“Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem”.

A palavra usada por Paulo para descrever esse fruto em Gálatas 5 é “Pistis”, Significa fé em Deus ou fidelidade. Essa virtude é extremamente citada na Bíblia e possui duas principais facetas:
 A fé é uma prática de vida
A fé em prática é chamada de fidelidade, é a característica daquele que é honesto, confiável e transparente em seu relacionamento pessoal com Deus e com outras pessoas.
“Porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.”1 Samuel 16:7
De acordo com esse versículo Deus conhece profundamente o coração de todos os homens e sabe se estamos sendo honestos e transparentes com Ele. Pessoas que buscam ser fiéis a Deus também acabam sendo fiéis em seus relacionamentos. Um amigo que não prejudica e não fala mal do outro na sua ausência, um casal fiel a sua aliança, um trabalhador honesto,  um pai ou uma mãe que cumpre o que promete aos filhos, um voluntário que persevera em seu trabalho social,  são exemplos da fidelidade que agrada a Deus.
A fé é uma mentalidade
A fé em Deus também é uma mentalidade, uma maneira de pensar e enxergar a vida.
“A fé percebe uma Presença, a presença de Deus. A fé invoca uma Presença, a presença de Deus. A fé sabe que, por trás do cenário visível, das estatísticas e das probabilidades, existe Alguém interagindo na situação: Deus. Os recursos humanos resultantes da fé são ainda um mistério para a ciência. Quem é capaz de exercitar a fé vê mais longe, voa mais alto, chega mais adiante.” ( Ed René Kivitz, 2003)
Por último, devemos lembrar que nossa fé em Deus não só o agrada como também nos justifica, é por meio dela que somos salvos ( segundo o livro de Romanos).

Mansidão

Ser manso é reagir de uma maneira tranquila a críticas, agressões e a situações adversas. É tratar aos outros com paciência e amor quando estes cometem algum erro ou lhe prejudicam. Ser manso é não reivindicar o seu direito, não se defender, mas entregar-se ao Único que julga retamente.
A mansidão na época em que Paulo escreveu a carta aos gálatas não era uma virtude muito bem vista pela sociedade. Nesta época aqueles que se impunham pela força física eram adorados como heróis. Mas aos olhos de Deus a mansidão sempre teve extremo valor.
“Seja, porém, o interior do coração, unido ao incorruptível traje de um espírito manso e tranquilo, que é precioso diante de Deus.” 1 Pedro 3:4
Mansidão e humildade
A mansidã está muito ligada com a humildade. Pessoas que realmente enxergam seu interior e reconhecem que são falhas não irão agir com agressão quando estão diante dos erros dos outros, pois elas sabem que também possuem a mesma natureza. Do contrário, pessoas que não são mansas reagem de maneira irritada e agressiva com aqueles que “pecam” contra elas, pois só conseguem enxergar o prejuízo que sofreram.
Jesus é nosso maior exemplo de mansidão, e também nossa única esperança de transformação. “Aprendei de mim porque sou manso e humilde de coração” – disse Ele.
Uma das maiores provas da mansidão de Jesus é encontrada no momento de seu maior sofrimento.
“Ele foi maltratado, humilhado, torturado; contudo, não abriu a sua boca; agiu como um cordeiro levado ao matadouro; como uma ovelha que permanece muda na presença dos seus tosquiadores ele não expressou nenhuma palavra ” Isaias 53:7
Quando somos agredidos física ou verbalmente nosso lado mais “animal” surge, como que movidos por um extinto de proteção nos voltamos para nos vingar e tentar devolver a violência contra nossos agressores. Jesus abafou seu próprio sentimento de auto-defesa ao reagir com mansidão diante de seus agressores, chegando ao extremo de pedir ao seu pai que perdoasse os soldados que o haviam fixado na cruz:
“Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. Lucas 23:34
Mansidão não é Passividade  
Não devemos confundir mansidão com passividade ou acomodação diante de situações injustas. Em muitos momentos a bíblia relata que Deus se ira diante dos pecados e das injustiças terrenas. Devemos sentir ira com as coisas que também iram o coração de Deus.
“Irai-vos, e não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira.”Efésio 4:26
Isso quer dizer: “não fiquem remoendo a ira dentro do coração de vocês, não ajam de maneira irada, não pequem movidos pelo sentimento de ira.” A ira deve apenas nos levar a buscar a Deus para solução da situação ou para nossa própria transformação.

Domínio Próprio

Domínio próprio é ter auto controle. É saber possuir e direcionar a vontade,  os sentimentos e o corpo com sabedoria. No mundo só existem três tipos de homens:
Aqueles que andam de quatro, como animais, procurando satisfazer a todo custo suas necessidades latentes. Seu corpo manda em sua alma e em seu espírito.
Aqueles que rastejam movidos por seus sentimentos. Sua alma domina seu corpo e seu espírito
E os que andam de pé, lúcidos e completos, eles controlam pelo espírito seu corpo e sua alma.
Os homens que andam de pé são aqueles que de fato possuem domínio próprio.
O exemplo de Jesus
Jesus é um grande exemplo de auto controle.  Nos evangelhos estão registrados muitos episódios em que Ele deixou de lado sua fome, sua auto defesa, sua irritação, sua tristeza, para fazer a vontade de Deus. Como exemplo de alguns destes episódios podemos citar:
– A ocasião em que ele deixou de comer quando evangelizava em Samaria:
“E entretanto os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come. Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.” João 4:31,32
– Na sua tristeza no Jardim do Getsêmani
                 “Pai, se queres, afasta de mim este cálice; entretanto, não seja feita a minha vontade, mas o que Tu desejas!” Lucas 22: 42
– No seu sofrimento na cruz:
“pois ele, quando ultrajado, não revidava com ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga retamente.” I Pedro 2:23
– Na sua rotina cansativa:
“Ó geração sem fé, até quando estarei Eu junto a vós? Até quando vos suportarei?” Marcos 9:19

http://pregacaocrista.com/frutos-do-espirito-santo-e-seus-significados